| Fonte: Izabelly Mendes. |
O marketing de influência passou por transformações profundas nos últimos anos e, em 2025, a pergunta que domina as estratégias digitais é: afinal, investir em micro ou macro influenciadores? Ambas as categorias têm seu valor, mas a resposta não é tão simples quanto parece. Com um mercado mais maduro, um público cada vez mais exigente e algoritmos em constante mudança, entender o papel de cada tipo de influenciador é essencial para marcas que querem resultados reais.
O novo comportamento das marcas e dos seguidores
Se antes os macro influenciadores — perfis com milhões de seguidores — eram os protagonistas absolutos das campanhas publicitárias, hoje o cenário é mais equilibrado. Os consumidores estão mais atentos à autenticidade das mensagens e menos impressionados com os números. Seguidores em 2025 buscam identificação, proximidade e verdade. Isso deu espaço para os micro influenciadores (geralmente com até 100 mil seguidores), que possuem audiências menores, mas extremamente engajadas. São perfis vistos como “gente como a gente”, o que fortalece a confiança e a taxa de conversão.
Além disso, o algoritmo das principais redes sociais favorece conteúdos mais autênticos e relevantes, o que naturalmente beneficia os micro influenciadores. Eles são percebidos como criadores de conteúdo e não apenas “vitrines publicitárias”. Marcas que apostam em parcerias com eles estão colhendo resultados mais orgânicos, principalmente em nichos como moda sustentável, bem-estar, gastronomia, pets e finanças pessoais.
O papel estratégico dos macro influenciadores
Isso não significa que os macro influenciadores perderam espaço. Pelo contrário: eles ainda são fundamentais para campanhas de alcance massivo, lançamento de produtos e fortalecimento de marca. Em 2025, muitos deles profissionalizaram suas estruturas, contam com equipes de roteiristas, designers e editores, entregando conteúdos de altíssima qualidade. Também há uma tendência crescente de macro influenciadores migrarem para formatos de longo prazo, abandonando campanhas pontuais e optando por se tornarem embaixadores fixos das marcas.
Outro ponto é que os macro influenciadores, muitas vezes, conseguem abrir portas e gerar autoridade instantânea. Uma menção de um nome conhecido pode impulsionar buscas, gerar buzz e atrair mídia espontânea. Isso é valioso para marcas que estão entrando em novos mercados ou lançando algo inédito.
Dados, resultados e ROI: o que está pesando mais na decisão
Em 2025, as decisões não são mais baseadas apenas na vaidade dos números. Ferramentas avançadas de análise de dados permitem às marcas acompanhar de forma precisa o ROI de cada ação de influência. Com isso, muitas campanhas combinam micro e macro influenciadores, ajustando o investimento de acordo com a etapa do funil. Os micros são acionados para gerar relacionamento, engajamento e conversão. Os macros entram em momentos estratégicos, como awareness, campanhas sazonais e virais.
Outro fator importante é o custo-benefício. Marcas perceberam que, com o mesmo orçamento destinado a uma única postagem de um macro influenciador, é possível ativar dezenas de micros e obter um volume de conteúdo mais diversificado, segmentado e distribuído.
Tendências que moldam o futuro
Além da combinação entre micro e macro, outras tendências estão se consolidando em 2025. Os “nano influenciadores” (menos de 10 mil seguidores) vêm ganhando espaço, principalmente em campanhas hiperlocais ou com públicos ultra específicos. Ao mesmo tempo, a inteligência artificial e os influenciadores virtuais estão surgindo como uma nova categoria, levantando debates sobre autenticidade e conexão emocional.
Outra mudança importante é o fortalecimento das comunidades. Influenciadores que conseguem manter uma base fiel, com interação real e constante, estão sendo cada vez mais valorizados, independentemente do tamanho do público. Isso faz com que as marcas busquem menos “figuras públicas” e mais “líderes de comunidade”.
Conclusão: a escolha não é entre um ou outro
Em 2025, o marketing de influência deixou de ser sobre escolher entre micro ou macro influenciadores. A estratégia mais eficiente é entender o momento da marca, o público-alvo, os objetivos da campanha e como cada tipo de influenciador pode contribuir. A era da influência baseada apenas em números ficou para trás. Agora, o que importa é a relevância, a autenticidade e o impacto real nas decisões de consumo. Baixar video Instagram
Marcas que entendem esse novo cenário e conseguem trabalhar com influenciadores de forma estratégica, ética e transparente estão conquistando resultados expressivos e construindo relacionamentos duradouros com o público. Em vez de escolher lados, o segredo é saber como integrar os diferentes perfis em uma jornada de influência inteligente e coerente com os valores da marca.
