O aumento do número de estabelecimentos operando com lucro e a elevação do faturamento mostram um caminho de recuperação sólida e sustentável
Créditos: cabuscaa/iStock
No Brasil, o setor
de alimentação, falando especialmente de bares e restaurantes, está crescendo
significativamente. Conforme levantamento realizado pela Associação Brasileira
dos Bares e Restaurantes (Abrasel), no mês de agosto de 2024, o número de estabelecimentos
que se encontram operando com prejuízo diminuiu em relação aos anos anteriores.
Ainda em
concordância com o estudo, o percentual de bares e restaurantes que estão
conseguindo operar com lucro estável aumentou de 39% para 42%, enquanto 36%
mantiveram o fluxo de caixa equilibrado, ou seja, sem muitos ganhos, mas também
sem perdas significativas. É importante enfatizar que essa pesquisa foi
realizada com 2.041 empresários do ramo alimentício no Brasil.
Esses dados
corroboram o estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). De acordo com o IBGE, o faturamento de 2024 no setor foi de R$ 100
bilhões no primeiro trimestre. Em 2024, ocorreu também a conferência “Bares e
Restaurantes no Brasil”, realizada em São Paulo.
Um ponto
interessante levantado na conferência foi a pluralidade do setor. A pesquisa da
Abrasel, apresentada na ocasião, mostrou que 94% dos bares e restaurantes são
microempresas, sendo 65% de MEIs. O setor também está majoritariamente composto
por trabalhadores mais jovens, com idade média de 34 anos, além de uma
representatividade latente, visto que 49% das ocupações são de mulheres e 63%
de pretos e pardos.
Como o aumento do faturamento afeta a
economia?
No final de 2024, o
mapeamento realizado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em
colaboração com a consultoria Future Tank, demonstrou que o faturamento de
restaurantes e bares no Brasil atingiu um crescimento por 11 meses
consecutivos, considerando o período entre novembro de 2023 e setembro de 2024.
Descontada a
inflação, as receitas dos estabelecimentos cresceram 5,5% em comparação com o
ano anterior. É importante ressaltar que a ANR aponta, como um dos fatores para
esse movimento, a rotina acelerada do mundo contemporâneo, que exige cada vez
mais praticidade no momento de fazer uma refeição. Tendo em vista essa questão,
as pessoas acabam optando por comprar refeições prontas.
Economicamente
falando, pensando na microeconomia, o setor de alimentação possui papel
elementar, uma vez que, por sua estrutura e logística, necessita de uma série
de outros setores.
Baseando-se nos
dados do IBGE, a ANS informou que, em relação aos empregos formais, esse
crescimento no faturamento gerou positivamente 30.000 empregos no ano de 2024,
considerando grandes metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, entre outras.
Inevitavelmente, na
medida em que o movimento e o faturamento aumentam, a demanda por insumos
cresce igualmente, especialmente por gás de cozinha. Em qualquer bar ou
restaurante, ter uma distribuidora
de gás próxima e confiável é fundamental, porque o fornecimento
desse insumo é a base para a preparação dos alimentos.