Condição silenciosa que afeta milhões de pessoas pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e exige atenção a exames e hábitos de vida
(Créditos: blueshot / iStock)
O colesterol alto é uma condição frequente e silenciosa, associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Apesar de sua relevância para a saúde pública, ainda existe confusão sobre seus sintomas, sobre a diferença entre colesterol bom e colesterol ruim e sobre a forma correta de diagnóstico.
Além de ser produzido pelo próprio organismo, o colesterol também é obtido por meio da alimentação. Em níveis adequados, desempenha papéis essenciais na produção de hormônios, vitamina D e ácidos biliares. O problema surge quando há desequilíbrio nas frações circulantes no sangue, favorecendo o acúmulo de placas nas artérias.
Quais são os sintomas do colesterol alto?
Na maior parte dos casos, o colesterol alto não provoca sintomas específicos. Quando surgem, costumam estar relacionados a complicações, como dor no peito por redução do fluxo sanguíneo nas artérias do coração ou dormência em membros, consequência de problemas circulatórios.
Colesterol alto pode ser assintomático?
Sim. A ausência de sinais visíveis dificulta a percepção do problema e reforça a importância dos exames periódicos, especialmente em pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares, sedentarismo, excesso de peso ou alimentação rica em gorduras saturadas.
O que é colesterol bom e colesterol ruim?
A classificação está ligada ao tipo de lipoproteína que transporta o colesterol no sangue.
HDL
(colesterol bom): remove o excesso de colesterol das artérias e o leva de
volta ao fígado, onde será eliminado.
LDL (colesterol ruim): deposita colesterol nas paredes dos vasos, favorecendo a formação de placas e o estreitamento das artérias.
Quando o colesterol ruim está elevado e o colesterol bom está baixo, o risco cardiovascular aumenta de forma significativa.
Como saber se tenho colesterol alto?
A única forma confiável é por meio de exames laboratoriais. A avaliação não deve ocorrer apenas quando existe suspeita. A realização periódica permite detectar alterações ainda em fase inicial.
Exames para detectar colesterol alto
O exame mais utilizado é o perfil lipídico, que mede:
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colesterol total;
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LDL;
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HDL;
● triglicerídeos.
Com esses valores, o médico avalia o risco individual e define metas personalizadas de controle.
O que fazer para baixar o colesterol ruim?
O controle do colesterol alto envolve mudanças de hábitos e, quando necessário, uso de medicamentos. As principais medidas incluem:
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redução do consumo de gorduras saturadas e
ultraprocessados;
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aumento da ingestão de fibras;
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prática regular de atividade física;
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abandono do tabagismo;
● acompanhamento médico contínuo.
Em alguns casos, o tratamento medicamentoso é indispensável e deve ser prescrito por um especialista, de acordo com o perfil do paciente.
Colesterol alto tem cura ou só tratamento?
Trata-se de uma condição crônica que, na maioria das vezes, exige controle contínuo. Mesmo com exames normalizados, a manutenção das medidas é fundamental para evitar elevações futuras.
Alimentos que ajudam a baixar o colesterol
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Aveia e cevada.
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Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico).
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Oleaginosas, em pequenas porções.
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Peixes ricos em gordura saudável.
● Frutas, verduras e legumes.
O consumo regular de peixes e sementes também está associado ao ômega 3, já que um dos benefícios do ômega 3 é ajudar a ter mais colesterol bom. Estudos indicam ainda que esse tipo de gordura favorece partículas de LDL menores e menos agressivas ao sistema cardiovascular.
Por fim, apesar
das informações disponíveis, o acompanhamento com médico e, quando necessário,
com nutricionista é essencial. Somente profissionais de saúde podem interpretar
exames, indicar tratamentos seguros e ajustar condutas conforme as necessidades
individuais, garantindo prevenção e qualidade de vida em longo prazo.




