Alta temporada promete impulsionar o faturamento de hotéis, restaurantes, comércio e serviços em destinos nacionais
(Créditos: freepik)
A chegada de
dezembro inaugura um dos períodos de maior faturamento para cidades turísticas,
especialmente as litorâneas. A combinação de férias, festas e verão altera a
rotina econômica desses destinos, que passam a receber um fluxo intenso de
visitantes em busca de lazer, descanso e celebrações.
Um
levantamento da Booking.com mostra a dimensão desse movimento: o Brasil foi o
país mais buscado globalmente por turistas que planejam viajar neste fim de
ano, resultado que representa um crescimento de 18% em relação ao mesmo período
do ano passado. No ranking nacional, o Rio de Janeiro aparece como destino mais
procurado, com alta de 12%.
A força da alta temporada
nos serviços e no comércio
A ocupação
hoteleira é um dos primeiros indicadores a subir. Segundo a FecomercioSP, a
estimativa é de alta de 7,3% no faturamento do setor, em comparação com o ano
passado. Nos bares e restaurantes, as expectativas também são positivas: 81%
dos empresários esperam faturar mais do que no mesmo período de 2024, segundo a
Abrasel.
O comércio
acompanha o ritmo. Lojas de moda praia, artesanato e presentes aproveitam o
crescimento das compras, assim como supermercados e conveniências, que ajustam
estoques para atender ao consumo mais acelerado. Serviços de entretenimento
também ganham força com atividades culturais, esportivas e passeios ao ar
livre.
Mobilidade
reforçada na alta temporada
Com a
projeção de aquecimento do turismo interno, os setores ligados ao transporte
também se preparam para ampliar as operações. A mobilidade vem se tornando cada
vez mais decisiva para o fluxo turístico, especialmente em destinos de grande
extensão ou com diferentes pontos de visitação.
Na região carioca, por exemplo, é
comum que visitantes recorram ao aluguel de carros no Rio de Janeiro para
transitar com facilidade entre praias e municípios vizinhos. O segmento de
aluguel de carros, além de oferecer flexibilidade e praticidade, também costuma
registrar maior competitividade de preços na alta temporada.
Efeitos que se estendem para
além de dezembro
Embora
concentrado nos meses de festas, o impacto econômico desse período se prolonga
ao longo das férias escolares. Muitos destinos mantêm parte do fluxo até o fim
de janeiro, garantindo um faturamento mais robusto. Além disso, esse
alongamento da temporada ajuda a estabilizar operações e permite um
planejamento mais eficiente para o restante do ano.
Para pequenos negócios, esse
intervalo pode representar o momento mais importante do calendário. A receita
obtida na alta temporada funciona como reserva para os meses de menor procura.
Em muitos casos, é desse período que depende a saúde financeira de todo o ciclo
anual do negócio.
Ao unir clima favorável, demanda
crescente e preferências domésticas já tradicionais, o fim de ano se reforça
como motor essencial da economia turística. De norte a sul, cidades veem
circular mais pessoas, recursos e oportunidades, fortalecendo o papel do
turismo como engrenagem estratégica para o desenvolvimento local.




