Lucro líquido, fluxo de caixa e capital de giro estão entre os cálculos mais buscados no Brasil, fundamentais para planejar, evitar riscos e garantir a longevidade do negócio
Crédito:Daryna Terokhina/iStock
Manter um negócio
funcionando vai muito além de vender produtos ou serviços. Dominar os cálculos
para saúde financeira da empresa é fundamental para planejar investimentos,
evitar riscos e garantir a longevidade do empreendimento. Dados do IBGE apontam
que 6 em cada 10 empresas brasileiras não atingem o quinto ano de atividade,
devido à má gestão financeira.
Nesse sentido, a Kamino, software de gestão financeira para
médias empresas, realizou um estudo com base nas buscas realizadas no Google
Brasil nos últimos 12 meses, que revelou que cerca de 100 mil buscas foram
realizadas por termos relacionados a cálculos financeiros, demonstrando o
interesse crescente dos empresários em compreender melhor a saúde de seus
negócios.
Entre os cálculos mais procurados pelos empreendedores, estão como calcular
o lucro da empresa, o EBITDA, o capital de giro, o grau de endividamento, o churn[1] [2] ,
o ponto de equilíbrio e o fluxo de caixa livre.
Esses indicadores
ajudam a monitorar resultados, endividamento e liquidez, sendo essenciais para
decisões estratégicas e para manter a saúde financeira do negócio. Esses termos
refletem a necessidade de acompanhar resultados, endividamento e liquidez, fundamentais
para decisões estratégicas e investimentos.
Como calcular o lucro líquido do meu
negócio?
O lucro líquido
representa o que sobra da receita após deduzir impostos, custos e despesas. É
um indicador essencial para avaliar se o negócio é sustentável e se consegue
gerar retorno aos sócios.
Segundo
levantamento da Receita Federal, de 2024, empresas que monitoram regularmente o
lucro líquido têm 35% mais chance de manter um crescimento anual constante.
Além disso, entender essa métrica ajuda os empresários a ajustar preços e
reduzir desperdícios, mantendo a margem de lucro saudável.
É importante
diferenciar lucro líquido do lucro operacional, que representa o resultado
financeiro que uma empresa obtém apenas com sua atividade principal, antes de
considerar impostos, juros e ganhos ou perdas não operacionais.
O que é fluxo de caixa e como fazer?
O fluxo de caixa
mostra a entrada e a saída de dinheiro do negócio em um período específico. Ele
permite que os gestores identifiquem períodos de maior pressão financeira e
planejem pagamentos, investimentos e reservas de emergência.
Dados do Sebrae, de
2025, indicam que 48% dos pequenos empresários brasileiros não elaboram fluxo
de caixa, elevando o risco de insolvência. Ferramentas digitais de gestão
financeira podem facilitar esse controle, permitindo projeções semanais e
mensais mais precisas.
Quais são as principais métricas
financeiras?
Além do lucro
líquido e do fluxo de caixa, outras métricas ajudam a monitorar a saúde
financeira.
● Capital
de giro: mede recursos disponíveis para manter operações diárias.
● Grau
de endividamento: indica dependência de crédito e risco financeiro.
● EBITDA:
mostra o lucro operacional antes de impostos, juros, depreciação e amortização.
● Ponto
de equilíbrio: identifica o volume de vendas necessário para cobrir todos os
custos.
●
Churn: em empresas de serviços recorrentes, mede
cancelamentos e ajuda a planejar a retenção de clientes.
Empreendedores que
acompanham essas métricas conseguem tomar decisões mais estratégicas, como
renegociar dívidas, investir em expansão ou ajustar campanhas de marketing.
Como fazer o balanço financeiro da empresa?
O balanço
financeiro consolida ativos, passivos e patrimônio líquido, fornecendo uma
visão completa da saúde do negócio.
Empresas que
realizam balanços trimestrais conseguem identificar rapidamente desvios,
ajustar estratégias e manter a sustentabilidade financeira. Além disso, a
análise periódica permite comparar o desempenho de diferentes períodos e
avaliar a eficiência de cada setor da empresa.
Como interpretar os resultados e planejar o
futuro?
Ter os números em
mãos não é suficiente: é preciso saber interpretá-los. Comparar o lucro líquido
com o EBITDA, observar a evolução do capital de giro e analisar a rotatividade
de clientes ajudam a identificar pontos de atenção.
Ferramentas como pa[3] [4] inéis
de controle financeiros e softwares de contabilidade podem simplificar essa
interpretação. Dados da Serasa Experian, de 2025, indicam que empresas que
monitoram indicadores financeiros regularmente reduzem em até 30% o risco de
atrasos em pagamentos e inadimplência.
Quais erros evitar ao calcular a saúde
financeira da empresa?
Muitos empresários cometem o erro de não
atualizar dados regularmente ou confundir lucro operacional com lucro líquido[5] [6] .
Outro equívoco comum é negligenciar despesas pequenas, que acumuladas podem
comprometer a liquidez.
Para evitar
problemas, especialistas recomendam revisar todos os registros financeiros
semanalmente e criar relatórios claros que sejam compreensíveis para gestores e
investidores.
Dominar os cálculos
para saúde financeira da empresa não é apenas uma prática contábil, mas uma
ferramenta estratégica. Com conhecimento e disciplina, os empreendedores
conseguem planejar o futuro, evitar surpresas e construir negócios mais
resilientes, prontos para crescer com segurança.
Além disso,
acompanhar os principais indicadores permite que os empreendedores identifiquem
oportunidades de crescimento e antecipem problemas antes que se tornem
críticos.
Por exemplo,
analisar o fluxo de caixa regularmente ajuda a planejar investimentos, enquanto
monitorar o capital de giro garante que a empresa tenha recursos suficientes
para operar sem interrupções.
O uso de sistemas de controle financeiro torna
esse acompanhamento mais preciso e eficiente, permitindo relatórios automáticos
e alertas sobre desvios. Estudos do Sebrae, de 2025, mostram que negócios que
revisam suas métricas financeiras semanalmente aumentam em até 25% a
probabilidade de expansão sustentável.