| Fonte: Izabelly Mendes. |
Desde cedo, somos expostos a histórias de amor perfeitas — na literatura, no cinema, nas redes sociais. Esses contos muitas vezes pintam o amor como algo mágico, sem falhas, sempre fácil e pleno de momentos encantados. Esse é o chamado amor ideal: uma visão romântica, idealizada e, muitas vezes, irrealista do que significa amar alguém.
Mas, na vida real, o amor é muito mais complexo e cheio de nuances. O que experimentamos no cotidiano dos relacionamentos é o amor real — feito de imperfeições, desafios, crescimento e escolhas diárias. Entender a diferença entre esses dois tipos de amor é essencial para viver relações mais maduras, saudáveis e felizes.
O que é o amor ideal?
O amor ideal é uma construção mental baseada em expectativas elevadas e, frequentemente, em modelos culturais que nos mostram apenas o lado “bonito” do amor. Ele pressupõe que, quando encontramos “a pessoa certa”, tudo será perfeito: não haverá conflitos, os gestos serão sempre românticos, e a paixão será constante.
Esse ideal pode gerar muita frustração. Isso porque o amor real, naturalmente, inclui momentos de desentendimento, distância, insegurança e até dúvidas. Quem busca apenas o amor ideal pode acabar se decepcionando, evitando compromissos reais ou até sabotando relações que poderiam dar certo.
O que é o amor real?
O amor real é a convivência genuína com o outro — incluindo suas qualidades e limitações. É entender que duas pessoas são diferentes, com histórias, medos e desejos próprios, e que o amor nasce e se mantém justamente nesse encontro entre imperfeições.
Esse amor exige paciência, diálogo, perdão e aprendizado constante. É feito de escolhas diárias: escolher estar junto, mesmo quando o entusiasmo diminui; escolher compreender, mesmo quando há irritação; escolher perdoar, mesmo quando há mágoas.
No amor real, a paixão pode oscilar, a rotina pode aparecer, mas o compromisso e a parceria são o que sustentam a relação.
Como equilibrar amor ideal e amor real?
Não é preciso abandonar completamente o amor ideal — ele pode ser uma inspiração para buscar o melhor na relação. O problema está em deixar que ele dite todas as expectativas, tornando impossível aceitar o que é humano.
Para equilibrar esses dois lados, algumas atitudes são fundamentais:
Aceitar as imperfeições: ninguém é perfeito, e tudo bem. Amar também é acolher os defeitos do outro e os próprios.
Cultivar a comunicação: falar sobre expectativas, medos e sentimentos ajuda a evitar desilusões.
Valorizar os pequenos momentos: o amor real se fortalece nos detalhes do dia a dia, não só nos grandes gestos.
Ser flexível: entender que os relacionamentos mudam, assim como as pessoas, e que isso é natural. fikante
Conclusão
Amor ideal e amor real são dois conceitos que se complementam. O primeiro alimenta a esperança e a busca por uma conexão especial; o segundo traz a realidade e a profundidade necessárias para que essa conexão dure.
Viver um amor real não significa abrir mão da magia, mas sim encontrá-la no cotidiano, nas escolhas conscientes e no respeito mútuo. É aceitar que o amor é imperfeito — e é justamente essa imperfeição que o torna único e verdadeiro.




