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Tipos de placa solar: qual o mais adequado para cada situação?

 Eficiência, custo e aplicação variam entre os modelos monocristalino, policristalino e de filme fino, que seguem ganhando espaço em um mercado cada vez mais aquecido

Créditos: BackyardProduction/iStock


A energia solar e seu mercado tem crescido não só no Brasil, mas em todo o mundo. Isso se deve bastante à busca por alternativas mais limpas e sustentáveis. Posto isso, entender as diferenças entre os tipos de painéis solares disponíveis se tornou fundamental para aqueles que querem investir na tecnologia sem errar na escolha.

As opções variam entre:

     monocristalino;

     policristalino;

     filme fino.

Sendo estes os principais modelos usados atualmente, cada um com suas vantagens e limitações. Os painéis monocristalinos possuem uma eficiência que gira entre 18% e 22%, e são fabricados a partir de um único cristal de silício – eles têm cor escura e bordas arredondadas.

Como geram mais energia por metro quadrado, são ideais para telhados com pouco espaço. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), esta tecnologia representou 70% das instalações globais em 2022, resultado direto da evolução de técnicas como a PERC (Passivated Emitter and Rear Cell), que melhora o desempenho sem elevar muito o custo.

Os módulos policristalinos, por sua vez, são feitos com múltiplos cristais fundidos e têm uma coloração azulada e uma aparência mais irregular. Apesar de sua eficiência ser um pouco menor, geralmente entre 15% e 17%, eles compensam no preço.

Um levantamento feito em 2022 pelo Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) e pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) apontou que eles podem custar até 20% menos do que os monocristalinos, o que os torna uma opção atraente para quem tem espaço disponível e busca economia na instalação. Já os painéis de filme fino são mais leves e discretos, trazendo outras vantagens.

Embora apresentem eficiência inferior, entre 10% e 13%, segundo o National Renewable Energy Laboratory (NREL), dos Estados Unidos, são mais flexíveis e funcionam melhor em locais com sombra parcial ou temperaturas elevadas. Por isso, vêm sendo aplicados em coberturas curvas, fachadas e até em projetos arquitetônicos mais ousados.

Outras tecnologias

Novas tecnologias também vêm ganhando espaço. Os painéis bifaciais, por exemplo, conseguem captar luz solar dos dois lados e já estão presentes em cerca de 30% das grandes usinas solares ao redor do mundo, conforme dados da BloombergNEF (BNEF).

Outra tendência são os sistemas BIPV (Building Integrated Photovoltaics), que substituem telhas ou elementos da fachada e unem a função energética ao design, embora ainda tenham custo elevado. Independentemente do modelo escolhido, a adoção de painéis solares no Brasil encontra um cenário bastante favorável.

De acordo com o Atlas de Energia Solar, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2022, o país apresenta níveis médios de irradiação solar entre 4,5 e 6,5 kWh/m² por dia.

Na prática, isso significa que todas as regiões brasileiras têm condições técnicas para aproveitar a energia solar de maneira eficiente. Por isso, consultar empresas de energia solar é uma etapa importante para entender qual sistema se adapta melhor à realidade de cada imóvel.

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