Com o avanço das fraudes digitais e a crescente sofisticação dos golpes, empresas estão intensificando medidas de proteção para reduzir riscos e prejuízos
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O crescimento nas
tentativas de fraude tem despertado um alerta entre as empresas brasileiras. De
acordo com levantamento da agência de SEO Conversion, o termo “antifraude: o
que é” teve um aumento de 300% nas buscas feitas no Google entre maio de 2024 e
abril de 2025. O dado evidencia uma inquietação crescente sobre segurança
digital, especialmente em setores mais expostos a transações online e
armazenamento de dados.
Essa preocupação é
justificada. Segundo a Serasa, o Brasil registrou 1,24 milhão de tentativas de
fraude apenas em janeiro de 2025 – um salto de 41,6% em relação ao mesmo
período do ano anterior. Entre os setores mais visados pelos golpistas, estão
bancos e cartões (52,5%), serviços (33,6%), outras instituições financeiras
(6,4%), telefonia (5,9%) e varejo (1,5%) – áreas com alto volume de dados
sensíveis e transações recorrentes.
Comércio e e-commerce em alerta
A escalada das
fraudes tem forçado empresas a reavaliar processos internos e reforçar suas
políticas de prevenção. No e-commerce, por exemplo, os ataques têm se
sofisticado, explorando brechas em cadastros e métodos de pagamento. Entre as
estratégias utilizadas, os criminosos digitais adotam tecnologias como bots e
engenharia social para burlar sistemas tradicionais de verificação.
A combinação entre
pressa, conveniência e digitalização acentuada tem contribuído para o avanço
desse tipo de crime. Em resposta, comerciantes de diversos portes têm investido
em tecnologia, mapeamento de riscos e capacitação de equipes. A crescente procura
por soluções de cibersegurança reforça a noção de que a prevenção é mais eficaz
e menos custosa do que lidar com os prejuízos depois do golpe.
Prevenção se torna parte da estratégia de
negócio
Com o avanço das
tentativas de golpe, buscar por uma solução
antifraude pode ajudar a impedir e reduzir os danos, caso alguma
tentativa de fraude seja realizada. Essa postura preventiva minimiza impactos
financeiros e preserva a reputação da empresa no mercado.
Entre as
alternativas mais comuns, destacam-se o uso de inteligência artificial para
identificar padrões suspeitos em tempo real, sistemas de autenticação
multifator (MFA), análise de geolocalização e biometria comportamental. Estas
ferramentas têm se mostrado eficazes para detectar e barrar tentativas de golpe
antes que elas causem prejuízos.
Cultura de segurança como diferencial
Mais do que adotar
ferramentas, é preciso fomentar uma cultura organizacional voltada à segurança
da informação. Isso inclui políticas claras de governança de dados,
treinamentos periódicos e atualizados com colaboradores, processos contínuos de
avaliação de riscos e parcerias com empresas especializadas em segurança
digital.
A crescente
preocupação com fraudes mostra que o combate ao crime cibernético já faz parte
da agenda de gestão das empresas brasileiras. E, ao que tudo indica, seguirá
sendo um dos principais desafios para quem atua no comércio nos próximos anos,
exigindo vigilância para garantir a proteção de clientes e do próprio negócio.