Oferecer um seguro de vida adequado ao setor e às condições de trabalho é mais do que uma ação estratégica: é um gesto de responsabilidade social
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No Brasil, segundo
a legislação vigente, não são todas as empresas que precisam oferecer aos seus
colaboradores o seguro de vida. No entanto, embora não seja obrigatório em
sentido amplo, alguns setores exigem a oferta desse benefício.
No geral, ao
conceder esse tipo de proteção, as empresas não somente cumprem com as
exigências legais, como também demonstram responsabilidade para com seus
colaboradores.
Quais setores precisam ofertar o seguro de
vida e como essa oferta funciona?
É importante
enfatizar, inicialmente, que alguns setores e tipos de empresas precisam
ofertar o seguro de vida aos funcionários em detrimento da natureza das
atividades exercidas no processo produtivo, bem como ao risco envolvido em tal
prática. No ramo da construção civil, por exemplo, existe, estatisticamente, um
maior risco de acidentes de trabalho.
Esse tipo de
atividade laboral, portanto, exige a necessidade de oferecer o seguro de vida,
de modo a garantir suporte financeiro aos dependentes desse trabalhador em
casos de acidentes fatais. Além disso, outro setor que exige da empresa a
oferta desse tipo de seguro é o de segurança privada.
Nele, os vigilantes
costumam enfrentar situações de potencial perigo, como confrontos com
criminosos armados, por exemplo. Desse modo, as regulamentações, fundamentadas
em convenções coletivas, obrigam a oferta do seguro nesse ramo de atuação.
Trabalhadores que desempenham atividades em postos de combustíveis também devem
receber a oferta do seguro de vida.
Isso ocorre porque
a manipulação de materiais inflamáveis associados diretamente aos riscos de
explosões é motivo significativo para o recebimento desse benefício. Por
conseguinte, as empresas que atuam no setor de transporte também precisam
ofertar o seguro de vida. Estatisticamente, o trânsito é o local no qual mais
ocorrem acidentes.
Nesse sentido,
motoristas de ônibus, motoboys e caminhoneiros enfrentam cotidianamente os
perigos associados ao trânsito. Por esse motivo, as convenções coletivas
postulam a obrigatoriedade desse benefício no setor. Outros setores que exigem
o seguro de vida são: indústrias de manufatura e transformação, trabalhadores
de condomínios e edifícios, comércio e serviços, indústrias têxteis, entre
outros.
Mas como funciona o seguro de vida?
Em síntese, opera
como um tipo de contrato firmado pelo qual a seguradora compromete-se a pagar
uma indenização que servirá como garantia financeira para o segurado ou seus
beneficiários indicados por ele em casos nos quais ocorra algum acidente fatal.
Existem alguns tipos de seguro de vida, sendo os mais conhecidos: seguro de
vida inteira, temporário e de renda familiar.
Um exemplo prático
a ser considerado é: em indústrias que lidam diretamente com máquinas pesadas,
produtos químicos ou ambientes insalubres, precisam priorizar coberturas que
envolvam morte acidental, invalidez permanente por acidente e assistência em caso
de acidente de trabalho.
Nesse sentido, é
importante entender que a cobertura de
seguro de vida ideal sempre será aquela que levará em conta os
riscos específicos atrelados à atividade exercida pelo colaborador. Ao escolher
um, é preciso considerar: cobertura adequada, benefícios designados na
contratação, o custo do seguro e, especialmente, as exclusões e restrições que
constam no contrato.
No fim, alguns
setores necessitam ofertar o seguro de vida, outros não. Todavia, é fundamental
compreender que a oferta desse benefício, mesmo em casos de não obrigação,
possui vantagens tanto para o colaborador, que se sentirá mais seguro, como
para a empresa que terá um colaborador amparado e, consequentemente, mais
engajado.