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Por que a pálpebra treme? Entenda as causas e quando é hora de procurar ajuda

 

Oftalmologista explica que o tremor é, na maioria das vezes, inofensivo, mas alerta para sinais que merecem atenção médica

É uma sensação estranha que pode acontecer do nada: um tremor leve e repetitivo em uma das pálpebras. Embora seja, na maioria dos casos, algo inofensivo, a mioquimia palpebral — nome técnico desse fenômeno — costuma gerar dúvidas e até preocupações em quem a sente.

O oftalmologista Antônio Sardinha, do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), explica que o tremor ocorre por uma contração involuntária dos pequenos músculos localizados nas pálpebras. “Esses espasmos são benignos e, na grande maioria das vezes, refletem fatores externos como estresse, fadiga ocular, privação de sono ou consumo excessivo de cafeína”, esclarece.

De acordo com o especialista, situações de estresse físico ou emocional são as principais responsáveis pelos episódios de mioquimia. “Nosso corpo manifesta sinais de tensão de várias formas, e o tremor nas pálpebras é uma delas. Não é algo grave, mas é um alerta de que precisamos desacelerar”, afirma.

Além do estresse, o uso prolongado de telas digitais tem sido uma causa cada vez mais comum desse tipo de desconforto. “A exposição contínua à luz azul de celulares, computadores e tablets pode causar cansaço ocular, favorecendo esses espasmos”, aponta o oftalmologista.

Outro fator frequentemente associado ao problema é o excesso de estimulantes, como café, energéticos e refrigerantes à base de cola. “A cafeína em excesso aumenta a excitabilidade muscular, facilitando o surgimento do tremor”, diz.

Segundo o especialista, na maioria dos casos, o tremor desaparece espontaneamente em poucos dias, sem necessidade de tratamento. No entanto, ele alerta para sinais que indicam a necessidade de uma avaliação médica mais detalhada. “Se o tremor persistir por mais de duas semanas, for muito intenso ou vier acompanhado de outros sintomas, como queda da pálpebra, dor ocular, vermelhidão ou alterações na visão, é importante procurar um oftalmologista”, recomenda.

Em situações mais raras, a mioquimia pode ser um sintoma de condições neurológicas, como blefaroespasmo ou distúrbios que afetam os nervos faciais. “Esses casos, porém, são bem menos comuns e geralmente apresentam um quadro clínico mais complexo”, acrescenta o médico.

Para evitar os tremores nas pálpebras, o médico sugere algumas medidas simples: garantir boas noites de sono, reduzir o consumo de cafeína, fazer pausas regulares ao usar dispositivos eletrônicos e controlar o estresse do dia a dia. “Pequenas mudanças de hábito podem fazer toda a diferença na saúde dos olhos e no bem-estar geral”, orienta o especialista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC). 

De acordo com o oftalmologista, embora a mioquimia palpebral costume ser apenas um incômodo passageiro, ela pode servir como um importante sinal de que o corpo precisa de mais descanso e cuidado. Ficar atento a esses sinais é fundamental para manter a saúde ocular em dia.

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